domingo, 18 de setembro de 2016
Onde se escondeu todo o meu amor?
Não estávamos bem, por mais que a gente tentasse as coisas não estavam se encaixando. Orei, meditei, quando vi meu travesseiro estava encharcado de lágrimas. Eu emanava energias confusas, tristes, indecisas. Meu coração nao parecia ser o mesmo, estava doendo tanto, eu me sentia outra pessoa. Onde se escondeu todo o meu amor?
Já era o segundo dia que descumpríamos a regra de não dormir com sentimentos ruins dentro do coração em relaçao a nós. Mas a gente tentava e parecia que era em vão. Eu sabia que não teria uma boa noite de sono, talvez nem sono eu teria.
Quando notei já estava numa crise, a minha vontade era de ir pra sua casa e deitar com você, te sentir, pra gente acordar e resolver. Pra dizermos que íamos ficar bem e que nosso amor era mais forte que isso, que o laço que criamos nao iria se desfazer nunca!
O motivo era o famoso ciúmes, eu nao suportava a ideia de alguém fazendo carinho em você, sendo que pra mim isso é privilégio, já que temos que estar sempre vivendo às escondidas. Andando de mãos dadas, mas pedindo aos céus para que ninguém que nos conheça veja essa cena, que é tao absurda e nossa, tamanho o erro era o nosso de estarmos de maos dadas nao é mesmo?! Afinal, somos do mesmo sexo e talvez não exista amor entre nós, "é apenas uma fase". Ao qual somos reprimidas, somos obrigadas a aguentar comentários, olhares de desaprovaçao, como se fossemos aberrações.
A ansiedade aumentava descontroladamente a cada segundo que passava, tamanha era a minha vontade de te ver, sentir a sua textura, a sua boca semi aberta enquanto os olhos quase se fechavam, as suas mãos na minha cintura, seu sorriso após um beijo meu.
Tudo voltaria à calmaria do nosso amor
O tempo parecia ter parado.
Respiraçoes profundas
Minha mão já deslizava por de baixo da sua camiseta
Sentia sua cintura
Suas costas
Queria subir
Recordo-me que nao há privacidade onde estamos
Logo já vem a tona a vontade de te transpassar
Quero teu corpo no meu até que não haja mais vida na Terra.
Giovanna CSilva
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